Alice no País dos números
Aplicação
Paradidáticos - Literatura Infantil
Faixa etária/Ano: 10/11 anos / 5º e 6º anos, 12 anos
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Carlo Frabetti |
Alice é uma jovem dos dias de hoje que odeia matemática: acha que não serve para nada. Porém, numa viagem fabulosa, ela encontra personagens da história de uma outra Alice, a do País das Maravilhas, e aí tudo muda: a matemática passa a ser a matemágica!
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1. Possibilidades Pedagógicas |
- O prazer do jogo matemático: descobrir a matemática como possibilidade de se "olhar para uma coisa ordenadamente" (p. 46), perceber que "na matemática as coisas se relacionam entre si, decorrendo umas das outras de forma lógica" (p. 9) é o objetivo de todos os desafios e truques envolvendo números que aparecem na história dessa Alice adolescente e contestadora. - A matemática e a interdisciplinaridade: contestar as rotinas e os métodos impostos pelo mundo adulto é marca da adolescência: "Matemática não serve para nada" (p. 7), "Não sei, nem quero saber de matemática" (p. 8) são comentários comuns entre os jovens estudantes. Descobrir a matemágica, o prazer de aprender matemática pelo jogo entre a hipótese e sua comprovação e pelodiálogo entre as várias áreas do conhecimento - Literatura (p. 7), História (p. 42), Ciências (p. 45 a 47), Filosofia (p. 33) - é o lucro maior da leitura de Alice no País dos números. - Motivação e aprendizagem matemática: o professor sabe que "É muito difícil ensinar matemática" (p. 37), porque significa, principalmente, levar o aluno a "identificar os conhecimentos matemáticos como meios para compreender e transformar o mundo à sua volta e perceber o caráter de jogo intelectual, característico da matemática, como aspecto que estimula o interesse, a curiosidade, o espírito de investigação e o desenvolvimento da capacidade para resolver problemas" (PCN Matemática, 5ª a 8ª série, p. 47). A leitura das aventuras de Alice no País dos números pode motivar o leitor a participar do jogo intelectual característico da matemática. |
2. Abordagens Interdisciplinares |
Matemática - Aprendizagem significativa: a resolução de problemas é o eixo estruturador do enredo da história do livro, ponto de partida dos diálogos e das ações narradas. Como o conhecimento matemático está implícito em todas as situações desafiadoras apresentadas, os leitores são estimulados a buscarem e a desenvolverem estratégias de resolução de problema. - Conteúdos conceituais: os conceitos específicos de matemática trabalhados na narrativa de ficção estão relacionados no Roteiro do Professor, parte integrante do exemplar do professor. - Conteúdos procedimentais e atitudinais: os jogos, como estratégia de proposição de problemas, além de exercitarem procedimentos, contribuem também para a formação de atitudes: enfrentamento de desafios, busca de soluções, exercício da criticidade e da intuição, criação e mudança de estratégias. Língua Portuguesa- Processos de formação de palavras: tabuleiros, tabuadas, estábulos, tabulações e entabulações (p. 43). - Substantivo (conceito): "dar nome às coisas e usar esses nomes é muito mais prático e eficaz do que descrevê-las cada vez que nos referirmos a elas" (p. 61). - Intertextualidade com o conto maravilhoso "Era uma vez..." (p. 11 e p. 50), com histórias da mitologia - O minotauro (p. 38 e 39), com a literatura oriental - O livro das mutações (p. 77), com a obra de Charles Dickens (p. 7) e com o livro Alice no País das Maravilhas (conferir atividade de pré-leitura no Roteiro do Professor). História, Filosofia e Sociologia- Para contextualizar o conhecimento matemático (origem, processo, culturas, teorias e teóricos), o apêndice histórico cultural que acompanha a narrativa ficcional traz o conhecimento de várias áreas. Arte- Além dos conhecimentos registrados no apêndice como os relativos à obra de Dürer, a arte visual faz parte da linguagem do livro, tanto a arte como arte (ilustrações, p. 28) quanto a arte como ferramenta pedagógica para a produção de imagens que permitam a concretização de uma relação, de uma regularidade ou de uma propriedade matemática. |
3. Temas Transversais |
Ética – Os valores pessoais - como a honestidade - são destacados: "desafio honesto é aquele que tem possibilidade de resolução" (p. 54); é honesto "o homem que paga a dívida" (p. 54). O abuso do poder e da autoridade da posição na hierarquia social é desprezado pela demonstração do ridículo: exemplo da "neurose" pela lei e pela ordem da rainha de copas (p. 23 e 27). Saúde e Educação Sexual - A questão de gênero está presente nas falas e atitudes de Alice (p. 51 e 58). - A desconfiança e o repúdio à possibilidade de molestamento sexual demonstram a preocupação com a existência do problema de tal desvio de conduta (p. 7). http://www.aticaeducacional.com.br/htdocs/secoes/ficha.aspx?cod=166 |
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